Logo no início da pandemia muitas empresas tiveram que encerrar suas operações, pois já estavam com problemas financeiros, com pouco caixa, fluxo de caixa descasado e também com dívidas com juros altos.
Luiz Viana – CredHub
13/01/2021
Em breve teremos uma vacina. Contudo existem ainda muitas incertezas para o próximo ano. Com este cenário incerto, apesar de grande parte das pequenas e médias empresas (PME) terem retomado suas atividades muitas coisas ainda podem acontecer.
Logo no início da pandemia muitas empresas tiveram que encerrar suas operações, pois já estavam com problemas financeiros, com pouco caixa, fluxo de caixa descasado e também com dívidas com juros altos. Os grandes bancos passaram a ser mais criteriosos, deixando muito empresários sem opções. As PMEs devem preservar o caixa e buscar novas alternativas de crédito, e entre elas está o PRONAMPE. Instituído pelo Governo Federal, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE) tem por objetivo de desenvolver e fortalecer os pequenos negócios.
Podem participar as microempresas (ME), com faturamento anual de até R$ 360 mil e as empresas de pequeno porte (EPP), com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões por ano. A lei em vigor para o Pronampe também dá a possibilidade de empréstimo aos profissionais liberais, desde que não possuam vínculo empregatício de qualquer natureza ou tenham participação ou sociedade em alguma empresa. Neste caso, eles têm a chance de começar a pagar o empréstimo somente oito meses depois da formalização da operação de crédito. O valor do financiamento feito ara os profissionais liberais não pode passar de R$ 100 mil. Um dos atrativos é a taxa de juros (SELIC + 1,25% ao ano) e prazo de até 36 meses. Os recursos obtidos podem ser usados para investimentos, para pagar salários ou para o capital de giro, com despesas como água, luz, aluguel, reposição de estoque, entre outras. Ficam proibidas o uso dos recursos para a distribuição de lucros e dividendos entre os sócios da empresa.
Na prática, ouve-se muita reclamação de empresários, pois como a fonte dos recursos para operar o Pronampe é dos próprios bancos, (apesar do governo ter aportado 15,9 bilhões no fundo garantidor de operações a ser administrado pelo banco do Brasil) eles estão muito criteriosos. Então os proponentes devem adequar-se aos critérios das políticas de crédito destes bancos, além é claro dos requisitos instituídos nas regras do Pronampe Para uma microempresa que teve um faturamento de R$ 200.000,00 em 2019 ela pode tomar até 30% do faturamento, ou R$ 60.000,00. Já para empresas com menos de um ano de funcionamento, o limite de empréstimo será de até 50% do capital social ou até 30% da média do faturamento mensal, o que for mais vantajoso. Num exemplo hipotético, temos a empresa “XPTO” com um capital social de R$ 100.000,00 e que tem a média de faturamento de R$ 70.000,00, poderia pegar R$ 50.000,00 (50% do capital social) ou R$ 21.000,00 (30% da média do faturamento mensal). Neste caso seria vantajoso tomar o empréstimo considerando o capital social Além das exigências dos bancos e da própria lei que institui o Pronampe os empresários ainda devem atentar-se a três pontos importantes:
Agora, se sua empresa não atende os requisitos do programa ou tenha sido recusado o credito pelos bancos, talvez por algum problema de score, qual alternativa deve procurar?
Antes de responder a essa pergunta, preparamos um e-book Como captar recursos, que vai auxiliá-lo a escolher a melhor alternativa. Esta é uma pergunta bem genérica, mas vamos olhar para a resposta com um pouco mais de cuidado. Vamos olhar algumas opções bastante utilizadas pelas PMEs. Tomar dinheiro em Factoring Para começar, as Factorings ou empresas de fomento mercantil não emprestam dinheiro. Elas apenas realizam operações de descontos, sejam elas de cheques, de duplicatas ou boletos. Portanto, não espere prazos longos e nem taxas baixas. A Factoring possibilita à empresa fomentada vender seus créditos a prazo e receber à vista a uma taxa de desconto. São as operações mais caras que qualquer empresa poderia tomar. Basicamente a empresa venderá o almoço para pagar seu jantar se não tomar cuidado.
Os FIDCS (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, sendo os mais comuns multi-cedente, multi-sacados ou FIDCs de fomento) realizam basicamente as mesmas operações que as Factorings e são reguladas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). São operações igualmente caras e que não oferecem prazo ao cedente. Soma-se a essas operações a possibilidade de realizar as chamadas operações estruturadas através de outros tipos de FIDCs, onde basicamente adicionaremos uma garantia real (geralmente imóvel) e usa-se também antecipação de contratos não performados.
Existem os bancos de varejo, bancos de investimento e bancos de nicho. Vamos nos ater somente aos bancos de varejo. Os bancos de varejo captam recursos de depósitos a vista e a prazo, de recursos interbancários entre outros e oferecem vários produtos, desde produtos de crédito, aplicações financeiras, capitalização, seguros etc. Por outro lado, aplicam seus recursos emprestando, sejam para pessoas físicas, jurídicas, outros bancos ou governo. Normalmente atuam tanto para Pequenas e Médias Empresas (PMEs) como para grandes corporações. No caso das PMEs, antes de oferecerem empréstimo, colocam o cliente em categorias, e são muito preocupados em obter o máximo retorno por cliente, o que vale dizer que vão tentar empurrar para a empresa uma cesta de serviços e outros produtos e com isso aumentar a rentabilidade de suas operações. No entanto, por terem facilidade de captação, podem oferecer condições que à primeira vista são interessantes. Normalmente não admitem empresas com restrições financeiras e somente emprestam para clientes com os quais tenha tido já algum relacionamento ou histórico. As operações mais comuns para as PMEs são os descontos de cheques, conta garantida e desconto de duplicatas, todas de curto prazo e extremamente caras.
Uma excelente solução para a PME é a operação de crédito com garantia imobiliária. Ao contrário das outras operações, é uma operação para o empresário com um mínimo de R$ 50 mil e máximo de R$ 2 Milhões. A grande vantagem é que pode ter um prazo máximo de 20 anos e prestações que cabem no bolso do empresário. As garantias mais usuais são casas, apartamentos e salas comerciais. Com isso, o empresário pode injetar recursos genuinamente de longo prazo, com taxas médias de 1,00% ao mês + indexador monetário. É a chance que a PME tem de alongar o seu prazo de pagamentos e injetar recursos de longo prazo no seu fluxo de caixa. Este recurso não tem uma finalidade específica. Então pode ser usado para um projeto de expansão, aumento de estoque ou qualquer outra negociação tanto para a empresa como para o empresário. Quer saber mais? Clique aqui que nossos especialistas estão prontos para te ajudar!
Comentários
Você também pode gostar de
A CredHub não cobra nenhum tipo de taxa antecipada de seus clientes.